10 julho, 2009
Recordar é viver
No dia 9 de abril publiquei este post: Gilberto e o Chelsea, sobre o encontro com o fotógrafo Gilberto Tadday num café em Nova York.
Naquela noite, enquanto atualizava o blog na recepção do hostel, recebi um email do Gilberto me convidando para acompanhar um trabalho que ele iria realizar na manhã seguinte.
Vou contar agora uma das melhores histórias sobre os dias que passei em Nova York. A manhã do dia 10 de abril.
O trabalho era para a Revista Exame, da Editora Abril.
A revista solicitou ao Gilberto algumas fotos (externas) com Steve Vachani, um empreendedor canadense, filho de indianos, fundador da empresa Power.com que está situada no Brasil, e fecha os principais contratos nos Estados Unidos. Steve estava de passagem por Nova York naqueles dias.
O Gilberto agendou as fotos para às 11h. Nós marcamos de nos encontrar às 10h, na primeira estação de metrô do Brooklyn. Ansioso, e sem saber quanto tempo o metrô levaria, cheguei lá antes das 9 e meia.
Por cerca de 1 hora, caminhamos pelas ruas próximas do Dumbo, que fica na beira do rio entre as pontes Brooklyn e Manhattan. Essa caminhada serviu pro Gilberto decidir em quais locais iria posicionar o Steve. A intenção era oferecer pra revista 3 ou 4 cenários diferentes, mas sempre com o ambiente Nova York ao fundo.
Definidos os pontos, fomos esperar o Steve na saída do metrô.
O céu estava completamente nublado, num quase branco sem textura. Gilberto me disse que nessas situações externas, com pessoas, utiliza com freqüência 2 flahshes Nikon SB-800 montados em tripés. Primeiro, ele fotometrou apenas o fundo (deixando-o levemente subexposto) para uma velocidade de 250 - que é a velocidade máxima de sincronismo de flash com a câmera. Usando uma Nikon D700, começou com uma lente fixa 50mm. Enquanto o Steve tomava seu café da manhã na calçada (um iogurte), Gilberto ajustava os flashes, usando a potência em manual e eu como modelo. Aquele que funcionou como contra luz foi usado direto (sem acessório), e o outro - a aproximadamente 45º - foi suavizado com uma sombrinha branca, que eu segurava pro tripé não sair voando. Lembro que para essas primeiras fotos, ele me pedia para avançar com o flash no limite do quadro, quase entrando na cena.
Para disparar os flashes, ele usa um sistema de sincronismo por rádio da marca PocketWizard.
A reportagem, de página dupla, saiu na edição nº 941 da Exame, de 22 de abril deste ano. Lá eles publicaram apenas 1 foto. Aqui, com autorização do Gilberto, coloco uma de cada cenário.
Para quem ainda não conhece o site do Gilberto, recomendo muito a visita.
Ele também é um dos responsáveis pelo PicturaPixel, site muito bacana (ops, revista eletrônica, como eles chamam) dedicado a fotografia, com muitos artigos interessantes.
E acaba de ser lançado pela Editora Europa o livro O Melhor do Fotojornalismo Brasileiro em 2008, onde o Gilberto é um dos selecionados.
Eu sei que para ele, este foi mais um trabalho. Mas estar lá assistindo tão de perto a maneira como ele conduziu a sessão de fotos, foi inesquecível.
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Um comentário:
- OK Bada, a gente compreende sua emoção. Mas continuamos preferindo a Fernanda. Obrigado. NC
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