06 janeiro, 2010

Joel Jordani


Ainda estava na cama, hoje pela manhã, quando recebi a notícia do falecimento do amigo e colega Joel Jordani. Quem teve a oportunidade de conviver com ele no Clube do Fotógrafo de Caxias do Sul (onde ele foi um dos fundadores), certamente não faltará lições e histórias para lembrar.
O Joel foi o primeiro fotógrafo que conheci. Fotógrafo no sentido amplo que a palavra emprega. Não era um empresário do ramo da fotografia, ou um entusiasta que dedicava horas do seu final de semana para fotografar. Joel era um estudioso, um pensador, um profissional apaixonado e obcecado (no sentido mais positivo que podemos interpretar) por cada detalhe que envolve o universo da fotografia. Não exitava em ensinar, compartilhar o que sabia, ou mesmo entrar em uma discussão qualquer, sobre lentes, câmera, semiótica, direito de imagem, ou o que fosse.
A última grande lembrança que tenho do Joel aconteceu alguns meses atrás, numa quarta-feira à noite, após reunião no clube do fotógrafo. Saímos por volta das 21h30min, e fomos caminhando pela rua. Por acaso, ele havia estacionando seu Lada vermelho em frente ao prédio onde moro.
Ficamos ali, de pé, sob a luz amarelada dos postes de iluminação, no silêncio daquelas horas, apenas conversando sobre essa senhora que tentamos dominar, a fotografia. Quando vimos, era meia noite e quinze. Nos despedimos, ele entrou no carro, eu no prédio, e lembro que subi as escadas pensando o quão valioso era ter um amigo como ele.
Felizmente, as histórias que todos vivemos com o Joel, ficarão para sempre.

4 comentários:

Unknown disse...

Bom dia Bada!!!
Estou na praia em Bombinhas/SC.
Ao ler teu depoimento sobre o fotógrafo e mestre Joel Jordani, realmente fiquei emocionada com tuas lindas palavras.
Boa sorte p/ você Bada neste 'Novo Ano 2010. Fica c/ Deus.
De quem te admira
Fátima Galvão

Cesar Dambros disse...

Qual a idade da cor?
E da luz?
Quanto dura ma lembrança, um olhar que se perde nos prados da memória???
Há vultos que, pela sua simples presença, transformam algo em nós, deixando marcas sensíveis na alma que acabam por mudar nosso comportamento, nosso modo de ver as coisas, nossos conceitos...
Quão importantes são esses que, ao partirem, causam um vácuo, um repuxo pra dentro de nós mesmos, como uma onda que volta ao oceano... |E nessas horas, parece que literalmente mergulhamos em emoções que já existiam em nós mas que eram desprezadas pelas pressas e pelos compromissos da vida.
A gravidade de um adeus a um amigo nos torna, por mais abstrato que pareça, mais humanos, mais sensíveis, mais...
O que vale a pena na vida?
Hoje, um silêncio se prolonga pra que possamos ouvir o que não se ouve nos rumores dos dias... aquelas impressões que ficaram em nós e, de alguma sorte, mudaram algo em nós.
Passarão os dias, os anos, as vidas... mas as cores continuarão a obedecer os ímpetos da luz!
Num tempo outro, toda sombra será luz, todo o tempo será eternidade e toda amizade se transformará em amor!

Ascenda, Joel, na liberdade do tempo e do espaço que ora conquistas... daqui, te admiraremos ainda e sempre nas cores de teu passado e nas luzes de teu futuro.

Cesar Dambros

adriano disse...

Bada, por aqui tivemos emoções fortes. Lembranças do bom convívio com o Joel não paravam de vir em nossa mente.
Ontem, durante a cerimônia de cremação o Clube do Fotógrafo de Caxias do Sul fez uma homenagem com "Luz" para o Joel. Disparos contínuos de flash, de muitos flash, de todos os membros do clube presente, foi muito emocionante. Me parece de ver o Joel, ajustando a camera para não "estourar" a foto.
Abraços
Adriano

Maria Helena disse...

Oi Leandro!
Desejo um feliz 2010 para todos aí, mande um abração para a Cris e o Alex!
Saudades de Angel.
Abs
Maria Helena